01 setembro 2006

Reflexões sobre as poesias

Gracielli Batista Pepe
Luciana G. Lavezzo

Reflexões sobre as poesias:

Tecendo a manhã (João Cabral de Melo Neto)
Nesta poesia podemos associar o fato de que “um galo sozinho não tece uma manhã” ao fato de que “um cientista sozinho não faz ciência”.
O autor descreve o grito de um galo, que provoca o grito de outro e assim por diante, daí fizemos uma analogia à rede de relacionamentos dos cientistas e pesquisadores dentro do ambiente acadêmico, onde o surgimento e desenvolvimento de uma nova pesquisa ou idéia é fruto da colaboração de várias partes.

Maquina breve (Cecília Meireles)
Cecília Meireles faz referência aos elementos da astronomia (meteoro, estrela).Faz uso de termos desenvolvidos pela ciência (lanterna, máquina) para descrever a natureza (vida e morte do vaga-lume).
A autora termina o poema com os seguintes versos:
“E o maior sábio do mundo
sabe que não a conserta”
Isso nos leva a refletir que no campo da ciência, por mais que haja produção de conhecimento e tecnologia nem todos os problemas ela consegue resolver.

Em poesias relacionadas ao tema “Caos e Fractal” (M. Mendes e A. R. de Sant’t Anna) um dos pensamentos exibidos e o que nem tudo pode ser previsto, assim como a ciência.
No final, Sant’Anna declara abertamente que dedicou a poesia à bravura e criatividade dos cientistas que insistem em explicar fenômenos imprevisíveis.

Análise dos Textos: “A onda”, de Manuel Bandeira; “Quanta”, de Gilberto Gil e “Ondas Quânticas”, de André Carneiro.

Gilson Araújo
Kátia Ellen Chemalle

No primeiro poema, “A Onda”, inicialmente levamos em consideração o contexto da relação Ciência/Poesia. É possível? É praticável? Pois o concreto “mistura-se”, “funde-se” com o abstrato. A arte, através da poesia é utilizada de forma magistral como suporte para expressar algumas das facetas que a ciência possui. No texto existe uma certa repetição de palavras, uma sincronia que é transmitida através dos versos possuidores de fonemas semelhantes, como por exemplo, “...a onda ainda/ainda a onda/ainda anda/ aonde?/aonde?...”.
No poema “Quanta”, o autor recorre um pouco à metalingüística, isto é nítido em alguns momentos do texto: “Quanta do latim/Plural de quantum...”. Mostra também objetos de estudo da ciência, como por exemplo, o urânio e a teoria quântica. O jogo de palavras continua. Em alguns trechos a ciência está implícita: “...arte, descoberta, invenção...”, entenda-se “descoberta” como sinônimo de ciência.
Semelhante ao “Quanta”, o terceiro poema, “Ondas Quânticas”, trata de termos próprios e utilizados no meio científico, como por exemplo, “...Comprimo o corpo de átomos...”.
Portanto, relacionar Ciências Exatas com Ciências Humanas, com a intenção de produzir um novo estilo de conhecimento está sendo sugerido por autores e estudiosos do meio acadêmico, e fundir conhecimentos tão distintos, pode parecer à primeira impressão, inviável e impraticável, porém os textos aqui analisados, sintetizam de certa forma, esta harmonia entre as duas áreas propostas.

31 agosto 2006

Relacionando Ciência, Tecnologia e Poesia

Andreia Beatriz Pereira - RA:247243
Maycke Young de Lima - RA:247065

Relacionando Ciência, Tecnologia e Poesia com base nos textos “Os Lusíadas”, Canto X, estrófes 80-90 (Camões); A máquina do mundo (Antonio Gedeão); A quarta parede (Marco Lucchesi) e A máquina do mundo (Carlos Drummond de Andrade).

Os grandes anseios que ocupam as mentes dos cientistas, de onde viemos e que fim teremos, também povoam a curiosidade dos poetas. Podemos perceber isso, primeiramente, no texto de Drummond, que conta como o homem tentou conhecer o mundo por meio da ciência:

“essa total explicação da vida,
esse nexo primeiro e singular,
que nem concebes mais, pois tão esquivo
se revelou ante a pesquisa ardente
em que te consumiste...”

Marco Lucchesi trata, em sua poesia, das descobertas da ciência e do vazio infinito que forma o universo, esse último fora apoiado na poesia de Antonio Gedeão:

“O Universo é feito essencialmente de
Coisa nenhuma. [...]
O resto, é a matéria.”

Já Camões fala do aspecto prático da ciência e como seu objeto é admirado emesmo sendo “inexplicável”. Para isso, faz elogios à grandeza do Sol que seria a morada dos deuses, além de pontuar a importância dos mesmos para a navegação. Ele conclui a estrofe 90 remetendo-se à teoria geocêntrica, onde a Terra seria o centro do universo. Tal teoria vigorava em sua época.

30 agosto 2006

Análise das poesias

Alini Cristiani De Carli
Fernanda Pereira Santiago

Análise das poesias

Os Lusíadas – Canto VI, Luís de Camões
O poeta trata dos elementos fogo e ar e descreve, assim como na ciência que o ar mesmo indivisível, quente ou frio, ocupa lugar na Terra. Portanto, o poeta está relacionado à ciência por tratar de elementos estudados pela ciência.

História de um Átomo (Eternidade da matéria) de Rodolfo Teófilo
O poema trata da evolução da Terra, relacionando átomo, vulcão, rocha e granito e faz menção aos componentes do sistema solar (Terra, sol, planeta e gazes).

Modo Inaugural de Marco Lucchesi
O poeta utiliza-se de termos da tecnologia como (supersimetria, motores, plasma, protoplasma), relaciona as palavras luz, dia, noite, destino, ser estar, antemanhã, pôr - do- sol, prossegue, dando a impressão do passar do tempo.

Portanto, percebemos que assim como os cientistas, físicos e matemáticos, os poetas também fazem estudos relacionados à ciência utilizando-se de sua criatividade, conhecimento de mundo e elementos humanos para tratar de questões de tempo, evolução entre outros.

29 agosto 2006

Reflexões sobre as poesias analisadas

REFLEXÕES SOBRE AS POESIAS ANALISADAS EM SALA DE AULA



Grupo: Eliana Mantovani Malvestio – RA: 247189
Marcelo Faria: 247014



Poesias: Habitar o tempo;
Estudos para um caos;
Satélite;
Kepleriana



Quatro foram as poesias analisadas; e nelas, podemos sentir a ligação dos poetas com a ciência através de sua arte. Um cientista também poderia nos apresentar “poesia” em seus experimentos e uma harmonia em sua ciência; trançando ambas, ciência e arte, que juntamente com a criatividade ofereceriam alimento às criações humanas.
O primeiro poema “Habitar o tempo” de João Cabral de Melo Neto, nos trouxe que o tempo é tão presente e tão considerado em nossa sociedade que o ato do “não fazer algo” (matá-lo ociosamente) torna-se inconcebível, intolerável e impraticável. Para a ciência, o tempo só é pesado quando mensurado. Com toda a relevância do tempo, vivemos um ciclo vicioso que o acaba matando; deixamos de viver plenamente.
No poema “Estudo para um caos”, de Murilo Mendes, questionamos: o homem corre para os braços do caos? Através do caos, o homem evolui e se transforma, assim como a natureza. Ele é imprescindível para nossa sustentação ainda que a abale; numa constante busca pelo equilíbrio.
Em “Satélite”, Manuel Bandeira não prende em sentimentalismos e adjetivações para a lua; liberta-a da mais valia, considerando-a um pedaço de matéria, um satélite.
Na última poesia, “Kepleriana”, Ricardo Kubrusly nos traz um modelo de universo segundo Kepler; observa o brilho das estrelas que estejam talvez já apagadas e, se põe como um astrônomo em seu observatório.