01 setembro 2006

Análise dos Textos: “A onda”, de Manuel Bandeira; “Quanta”, de Gilberto Gil e “Ondas Quânticas”, de André Carneiro.

Gilson Araújo
Kátia Ellen Chemalle

No primeiro poema, “A Onda”, inicialmente levamos em consideração o contexto da relação Ciência/Poesia. É possível? É praticável? Pois o concreto “mistura-se”, “funde-se” com o abstrato. A arte, através da poesia é utilizada de forma magistral como suporte para expressar algumas das facetas que a ciência possui. No texto existe uma certa repetição de palavras, uma sincronia que é transmitida através dos versos possuidores de fonemas semelhantes, como por exemplo, “...a onda ainda/ainda a onda/ainda anda/ aonde?/aonde?...”.
No poema “Quanta”, o autor recorre um pouco à metalingüística, isto é nítido em alguns momentos do texto: “Quanta do latim/Plural de quantum...”. Mostra também objetos de estudo da ciência, como por exemplo, o urânio e a teoria quântica. O jogo de palavras continua. Em alguns trechos a ciência está implícita: “...arte, descoberta, invenção...”, entenda-se “descoberta” como sinônimo de ciência.
Semelhante ao “Quanta”, o terceiro poema, “Ondas Quânticas”, trata de termos próprios e utilizados no meio científico, como por exemplo, “...Comprimo o corpo de átomos...”.
Portanto, relacionar Ciências Exatas com Ciências Humanas, com a intenção de produzir um novo estilo de conhecimento está sendo sugerido por autores e estudiosos do meio acadêmico, e fundir conhecimentos tão distintos, pode parecer à primeira impressão, inviável e impraticável, porém os textos aqui analisados, sintetizam de certa forma, esta harmonia entre as duas áreas propostas.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial