16 maio 2007

Resenha dos textos: Biojone (2003) e Fachin & Hilleshein (2006), por Andreia Beatriz Pereira.

Os textos estudados tem caracteristicas semelhantes no que diz respeito á contextualização histórica, um pretende tratar a história dos periódicos e o outro o seu futuro. Iniciaremos as discussões a este respeito com o texto mais recente, de Fachin & Hilleshein, que abordaram/discutiram o surgimento dos periódicos cientificos no mundo (diga-se França e Inglaterra) e no Brasil. Como veículo de divulgação de informações, os periódicos surgiram com a necessidade que as associações de pesquisadores de manterem seus associados a par dos desenvolvimentos cientificos. Os primeiros periódicos impressos no mundo foram o Journal de Sçavans (em 1665) e o Philosophical Transactions (também no mesmo ano). No Brasil, o surgimento dos mesmos só ocorreu muito tempo após a chegada da Imprensa Régia (1808) e foram desenvolvidos para informar os pesquisadores das areas médicas (Gazeta Médica do Rio de Janeiro de 1862 e a Gazeta Médica da Bahia de 1866). Segundo as autoras, é importante atentar para o fato de que o crescimento da produção de periódicos é o melhor indicio de sua grande utilidade, conclusão que parece um pouco tardia, visto que muitos outros autores, como Meadows (1998) já haviam chegado a mesma conclusão...
Porém este aspecto só é abordado pelas autoras para que elas possam chegar ao proximo topico, citando que os periódicos são de dificil produção, pois requerem recursos humanos e financeiros, além de não contarem com apoio instituicional. Além disso, outro fato destacado como visão negativa sobre os periódicos brasileiros residem no fato de que os periódicos não tem periodicidade (?) e os brasileiros não tem habito de leitura. Neste texto também é mostrada a evolução do periódico cientifico para seus novos suportes, o periodico eletronico e o periodico em rede, cujas principais vantagens são a economia na produção, a velocidade do processo (avaliação e divulgação); e as principais desvantagens são a ausencia de controle sobre os acessos e utilizações das informações.
No texto de Biojone (2003), vemos um outro lado da abordagem sobre o periódico cientifico, esta parte do principio que o periodico eletronico e o periodico em rede são realidades estabelecidas, a autora sugere que eles não eliminaram barreiras como a da exlusão de artigos atraves do processo de avaliação pelos pares, a demora na divulgação dos artigos e o preço das assinaturas. A solução para estes problemas, denominada de “futuro dos periodicos cientificos” é a criação de bases de dados de artigos cientificos, onde o prorio autor indexaria seu artigo e estes ficariam disponiveis de forma gratuita. Duas formas de pensamento se opõe nesta discussão, uma diz que sem a avaliação pelos pares não há como garantir a qualidade das informações, a outra salienta que uma grande quantidade de informação cientifica é perdida no processo de avaliação pelos pares.

Andreia Beatriz Pereira , RA 247243

Referências:

FACHIN, Gleisy Regina Bories; HILLESHEIM, Araci Isaltina de Andrade. Periódico científico: do papel ao on-line. In.: Periódico científico: padronização e organização. Florianópolis: Editora da USFC, 2006.

BIOJONE, Mariana Rocha. Os periódicos científicos na comunicação da ciência. São Paulo: Educ; Fapesp, 2003.

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