BOURDIEU, Pierre. Os usos sociais da ciência: Por uma sociologia clinica do campo cientifico. São Paulo:Unesp, 2004.
RESENHA
O tema principal do texto de Pierre Bourdieu são as disputas do campo científico. Bourdieu propõe a reflexão da comunidade científica como um todo sobre suas práticas, fornecendo princípios importantes para entendermos o processo de construções das “verdades” científicas.
Dentre os assuntos discutidos a noção de campo tem-se mostrado bastante fecunda, por relacionar-se às lutas que determinados grupos desenvolvem pela manutenção de vantagens e posições, ou seja, pela preservação de privilégios materiais e simbólicos. Nos diferentes campos – arte, religião, ciência, educação, esporte – evidenciam-se embates entre diferentes agentes, portadores de autoridade e legitimidade diferenciadas.
Para Bourdieu o campo é o universo no qual estão inseridos os agentes e as instituições que produzem, reproduzem ou difundem a arte, a literatura ou a ciência. É um mundo social como os outros, mas que obedece a leis sociais mais ou menos específicas, distintas das leis sociais a que está submetido o macrocosmo. Todo campo é um campo de forças e um campo de lutas para conservar ou transformar o campo de forças.
Referindo-se particularmente ao campo científico, Bourdieu argumenta que a estrutura das relações objetivas entre os diferentes agentes (que são as fontes do campo) comanda os pontos de vista, as intervenções científicas, os locais de publicação, os objetos a serem investigados. É essa estrutura que vai dizer o que pode e o que não pode ser feito. É, em síntese, a posição que os agentes ocupam nessa estrutura que define ou orienta seus posicionamentos.
Como se determina essa estrutura? Segundo Bourdieu, pela distribuição do capital científico, em um certo momento, entre os diferentes agentes engajados no campo. Os maiores detentores de capital científico são certamente os pesquisadores dominantes. São eles que, em geral, indicam o conjunto de objetos importantes, ou seja, o conjunto de questões que devem importar para os pesquisadores e sobre as quais eles precisam se concentrar de modo a serem devidamente recompensados.
Para Bourdieu existem duas espécies de capital científico: o poder institucionalizado, ligado às posições hierárquicas nas instituições científicas e ao controle dos meios de produção e reprodução, e o poder específico do prestígio pessoal, que, segundo o autor, repousa sobre o reconhecimento dos pares.
O texto de Bourdieu tem um estilo literário complexo, onde ele se utiliza de um vocabulário que repulsa os novatos, no entanto, alguns dos conceitos que desenvolveu fazem parte hoje do vocabulário corrente de sociólogos ou dos que trabalham sobre o social.
Dentre os assuntos discutidos a noção de campo tem-se mostrado bastante fecunda, por relacionar-se às lutas que determinados grupos desenvolvem pela manutenção de vantagens e posições, ou seja, pela preservação de privilégios materiais e simbólicos. Nos diferentes campos – arte, religião, ciência, educação, esporte – evidenciam-se embates entre diferentes agentes, portadores de autoridade e legitimidade diferenciadas.
Para Bourdieu o campo é o universo no qual estão inseridos os agentes e as instituições que produzem, reproduzem ou difundem a arte, a literatura ou a ciência. É um mundo social como os outros, mas que obedece a leis sociais mais ou menos específicas, distintas das leis sociais a que está submetido o macrocosmo. Todo campo é um campo de forças e um campo de lutas para conservar ou transformar o campo de forças.
Referindo-se particularmente ao campo científico, Bourdieu argumenta que a estrutura das relações objetivas entre os diferentes agentes (que são as fontes do campo) comanda os pontos de vista, as intervenções científicas, os locais de publicação, os objetos a serem investigados. É essa estrutura que vai dizer o que pode e o que não pode ser feito. É, em síntese, a posição que os agentes ocupam nessa estrutura que define ou orienta seus posicionamentos.
Como se determina essa estrutura? Segundo Bourdieu, pela distribuição do capital científico, em um certo momento, entre os diferentes agentes engajados no campo. Os maiores detentores de capital científico são certamente os pesquisadores dominantes. São eles que, em geral, indicam o conjunto de objetos importantes, ou seja, o conjunto de questões que devem importar para os pesquisadores e sobre as quais eles precisam se concentrar de modo a serem devidamente recompensados.
Para Bourdieu existem duas espécies de capital científico: o poder institucionalizado, ligado às posições hierárquicas nas instituições científicas e ao controle dos meios de produção e reprodução, e o poder específico do prestígio pessoal, que, segundo o autor, repousa sobre o reconhecimento dos pares.
O texto de Bourdieu tem um estilo literário complexo, onde ele se utiliza de um vocabulário que repulsa os novatos, no entanto, alguns dos conceitos que desenvolveu fazem parte hoje do vocabulário corrente de sociólogos ou dos que trabalham sobre o social.
Gracielli B. Pépe
RA247022
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