Entrevista com José Sebastião Witter
Na entrevista com José Sebastião Witter, ele descreveu suas contribuições, pesquisou sobre a imigração alemã, a fundação do primeiro partido republicano e sobre arquivos históricos. Nos anos 70 introduziu pela primeira vez o assunto futebol na universidade. Organizou e escreveu obras sobre futebol. Na pós-graduação, teve participação ativa como professor e orientador. Por onze anos dirigiu o Arquivo Público do Estado de São Paulo, foi diretor do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, dirigiu o Museu Paulista da USP conhecido como museu do Ipiranga, quando coordenou uma grande reforma de suas instalações nas áreas acadêmicas e administrativas.
Elliot Kitajima, em sua entrevista também destaca suas principais contribuições para sua área de seu conhecimento, foi um dos pioneiros em visualizar o vírus da tristeza dos citros e a publicar um artigo sobre o patógeno na revista Nature. Produziu importantes imagens da bactéria Xylella fastidiosa, que ataca os laranjais e causa a doença CVC, conhecida como amarelinho. Outro feito de relevância que ele participa é em relação a leprose dos citros, onde publicou um artigo que confirmou a teoria de que a doença era causada por vírus. A leprose dos citrus ataca os pomares e causa grandes perdas ao agricultor, o que reflete em grandes perdas ou gastos que se voltam para o citricultor e para o consumidor. Com os estudos de virologia o ácaro que transmite o vírus da doença pode ser controlado.
Witter graduou-se em história, sua vocação desde jovem, com a orientação de Sérgio Buarque fez suas pesquisas relacionadas a imigração alemã. Com grande ajuda do professor Eurípedes Simões de Paula, Witter conseguiu uma vaga de professor universitário na cidade de Rio Claro.
Já Kitajima, sempre teve o gosto para o agronegócio, se formou em agronomia ela Esalq e trabalhou no Instituto Agronômico de Campinas (IAC) por 23 anos, e foi na IAC que o pesquisador recebeu influências de grandes nomes da virologia e começou a se dedicar à essa área.Fez três pós-doutoramentos, dois nos EUA e um na Holanda. Participou de importantes grupos de pesquisa em virologia vegetal e viveu a fase mais importante da sua carreira, publicou doze artigos em nove meses. Uma das dificuldades enfrentadas foi na época que fez pós-doutoramento em Chicago, onde teve dificuldades em se adaptar na cidade e teve um ano complicado.
Witter se considera mais um professor de história que um historiador, sempre foi um bom professor e afirma “aprendi a ensinar dando aulas nos cursos primários e secundário”. Witter enfrentou dificuldades na carreira nos anos 70 ao introduzir o assunto futebol em suas aulas, passou a ser malvisto pela universidade. Em 1964, acabou saindo de Rio Claro principalmente por razões políticas, não teve o contrato renovado porque era visto como um dos comunistas na universidade.
Suas principais realizações foram: quando foi convidado a trabalhar na USP como assistente do mestre Sérgio Buarque de Holanda e quando conseguiu a “cadeira – premio”, por ter alcançado a maior nota na escola normal, esse prêmio se tratava de um emprego garantido como professor, próximo ao lugar em que morava.
Percebemos a preocupação de Kitajima com comunicação no trecho “Sente-se a falta de um planejamento estratégico, um grupo pensante que possa ajudar a estabelece as ações do ministério e secretarias estaduais da Agricultura com as associações de produtores [...]”. O pesquisador se refere aos desafios do Brasil na área de fitossanidade, percebemos que ele gostaria que o público produtor tivesse uma integração com as secretarias para poder se informar e utilizar melhor a ciência produzida nos laboratórios.
A questão da ética na ciência é abordada na entrevista com Witter “Sempre critiquei muito o governador Mário Covas...mas ele deu o maior exemplo de ética que já vi. Tirou o projeto do papel, mas queria fazer alguma mudança. Fui chamado pelo então secretário, o deputado Marcos Mendonça e por Zélio Alves Pinto, diretor do Departamento de Museus e Arquivos, para ver se eu concordava com as mudanças que iam ser feitas, porque não havia dinheiro para fazer tudo. Nunca vi isso acontecer. Concordei, mas sugeri que eles deixassem alicerces para permitir que o arquivo crescesse. Até agora fico feliz por saber que existiram e existem pessoas com ética. Atualmente muito poucas, é verdade [...]”.
Ambos os pesquisadores não fizeram nenhuma referência as questões do gênero, Kitajima só se remete a pesquisadores homens quando cita grandes nomes em sua área, com isso podemos concluir que em sua área pode ter o predomínio do gênero masculino.
Elliot Kitajima, em sua entrevista também destaca suas principais contribuições para sua área de seu conhecimento, foi um dos pioneiros em visualizar o vírus da tristeza dos citros e a publicar um artigo sobre o patógeno na revista Nature. Produziu importantes imagens da bactéria Xylella fastidiosa, que ataca os laranjais e causa a doença CVC, conhecida como amarelinho. Outro feito de relevância que ele participa é em relação a leprose dos citros, onde publicou um artigo que confirmou a teoria de que a doença era causada por vírus. A leprose dos citrus ataca os pomares e causa grandes perdas ao agricultor, o que reflete em grandes perdas ou gastos que se voltam para o citricultor e para o consumidor. Com os estudos de virologia o ácaro que transmite o vírus da doença pode ser controlado.
Witter graduou-se em história, sua vocação desde jovem, com a orientação de Sérgio Buarque fez suas pesquisas relacionadas a imigração alemã. Com grande ajuda do professor Eurípedes Simões de Paula, Witter conseguiu uma vaga de professor universitário na cidade de Rio Claro.
Já Kitajima, sempre teve o gosto para o agronegócio, se formou em agronomia ela Esalq e trabalhou no Instituto Agronômico de Campinas (IAC) por 23 anos, e foi na IAC que o pesquisador recebeu influências de grandes nomes da virologia e começou a se dedicar à essa área.Fez três pós-doutoramentos, dois nos EUA e um na Holanda. Participou de importantes grupos de pesquisa em virologia vegetal e viveu a fase mais importante da sua carreira, publicou doze artigos em nove meses. Uma das dificuldades enfrentadas foi na época que fez pós-doutoramento em Chicago, onde teve dificuldades em se adaptar na cidade e teve um ano complicado.
Witter se considera mais um professor de história que um historiador, sempre foi um bom professor e afirma “aprendi a ensinar dando aulas nos cursos primários e secundário”. Witter enfrentou dificuldades na carreira nos anos 70 ao introduzir o assunto futebol em suas aulas, passou a ser malvisto pela universidade. Em 1964, acabou saindo de Rio Claro principalmente por razões políticas, não teve o contrato renovado porque era visto como um dos comunistas na universidade.
Suas principais realizações foram: quando foi convidado a trabalhar na USP como assistente do mestre Sérgio Buarque de Holanda e quando conseguiu a “cadeira – premio”, por ter alcançado a maior nota na escola normal, esse prêmio se tratava de um emprego garantido como professor, próximo ao lugar em que morava.
Percebemos a preocupação de Kitajima com comunicação no trecho “Sente-se a falta de um planejamento estratégico, um grupo pensante que possa ajudar a estabelece as ações do ministério e secretarias estaduais da Agricultura com as associações de produtores [...]”. O pesquisador se refere aos desafios do Brasil na área de fitossanidade, percebemos que ele gostaria que o público produtor tivesse uma integração com as secretarias para poder se informar e utilizar melhor a ciência produzida nos laboratórios.
A questão da ética na ciência é abordada na entrevista com Witter “Sempre critiquei muito o governador Mário Covas...mas ele deu o maior exemplo de ética que já vi. Tirou o projeto do papel, mas queria fazer alguma mudança. Fui chamado pelo então secretário, o deputado Marcos Mendonça e por Zélio Alves Pinto, diretor do Departamento de Museus e Arquivos, para ver se eu concordava com as mudanças que iam ser feitas, porque não havia dinheiro para fazer tudo. Nunca vi isso acontecer. Concordei, mas sugeri que eles deixassem alicerces para permitir que o arquivo crescesse. Até agora fico feliz por saber que existiram e existem pessoas com ética. Atualmente muito poucas, é verdade [...]”.
Ambos os pesquisadores não fizeram nenhuma referência as questões do gênero, Kitajima só se remete a pesquisadores homens quando cita grandes nomes em sua área, com isso podemos concluir que em sua área pode ter o predomínio do gênero masculino.
1 Comentários:
Estou enviando as referências das revistas que utilizamos em nosso trabalho, (grupo Alini, Fernanda, Gracielli e Luciana).
PIVETTA, Marcos.Imagens para a ciência brasileira.Entrevista com Elliot Kitajima.Pesquisa FAPESP, p.12-15, nov. 2005.
MAEQUES, Fabrício.Uma vida na sala de aula.Entrevista com Jose Sebastião Witter.Pesquisa FAPESP, p.12-17, jun. 2006.
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