29 setembro 2006

O cientista e seu papel na sociedade

Grupo formado por: Carina Gomes, Eliana Malvestio, João Gabriel e Marcelo Faria


O cientista e seu papel na sociedade

Análise de entrevista com cientistas

Foram analisadas três entrevistas com cientistas de áreas bem diversas do conhecimento como a medicina, o cinema e a arquitetura, e percebeu-se nelas as alegrias advindas se ter seu trabalho reconhecido.
Na área da medicina por exemplo a cientista conseguiu abrir caminho entre os homens e foi a primeira mulher residente em cirurgia geral do Hospital das Clínicas da USP de São Paulo. Já o cineasta foi o primeiro da sua categoria a pertencer a ABL (academia brasileira de letras) e o arquiteto criou um vocabulário que é e possivelmente continuará a ser muito usado em sua área, e áreas subjacentes.
Dois deles dizem ter tido a influências da família ou amigos para tomar sua decisão com respeito a carreira escolhida. Por exemplo, o arquiteto disse que seu pai era engenheiro e professor na USP, que o caminho natural era seguir nesta area, já a medica disse que apesar de não pertencer a uma família de médicos, ela foi influenciada pelas amigas que tinham parentes que trabalhavam nesta area e por isso pretendiam seguir esta carreia, mas apesar de tais afirmações é bem provável que eles já tivessem uma inclinação para tais áreas, um exemplo disso é que no caso da medica somente ela e mais uma de suas amigas conseguiram entrar no curso e mais ela optou por uma área que em sua época era um reduto masculino, não escolhendo obstetrícia que era um caminho natural para as médicas de sua geração, isso deve-se ao fato reconhecido por ela de perceber que possuía as habilidades necessárias para o ramo que decidiu escolher.
O cineasta foi contra esta maré, pois sua família esperava que ele exerce-se a profissão de advogado para qual se formou na USP buscando agrada-los. Apesar desta formação foi em busca de fazer a própria vontade e seguiu carreira no cinema.
O meio encontrado por eles de divulgação da ciência foi na própria academia formando cursos de graduação e especialização não só nas universidades em que trabalham mas em todas as que de uma forma ou de outra conseguem manter contato e influência.
Apenas a médica tocou na questão do gênero na ciência, e mesmo assim tomou a atitude da maioria dos cientistas de “colocar panos quentes”, ou seja minimizar a questão da discriminação. Ela afirma que não foi discriminada, que as dificuldades pelas quais passou devia-se mais ao despreparo das instituições, exemplo disso ela diz que em um hospital no exterior onde ela foi fazer residência havia vestiário para médicas e ela tinha de se trocar no vestuário das enfermeiras.
Mas, apesar de negar ela deixa escapar uma fala que demonstra a discriminação sofrida, ela diz em um trecho: “Na faculdade e depois, já como cirurgia, eu ª [...] trabalhava violentamente. Para demonstrar que tinha capacidade de vencer como cirurgia sempre trabalhei mais do que a média dos que trabalhavam bem”.
Em todas as entrevistas analisadas a ética é vista como algo importante que deve ser preservado e valorizado, e é papel da academia fazer isso, mas apesar disso não se deve ter medo de inovar por medo de feri-la.


Referências:


MARCOLIN, Neldson. Vitória em campo minado. Entrevista com Angelita Habr-Gama. Pesquisa Fapesp, p. 11-15, ago. 2006.


HAAG, Carlos. Rocha e concreto. Entrevista com Paulo Mendes da Rocha. Pesquisa Fapesp, p.14-17, mai.2006.

ROCHA, Penha. Um cineasta imortal. Entrevista com Neloson Pereira dos Santos. Pesquisa fapesp, p. 12-17, abr. 2006.

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