Texto do Weber - questões e relação com o texto de Snow
Andreia B. Pereira RA: 247243
Gilson C. de Araújo RA: 246794
Kátia E. Chemalle RA: 247090
Larissa M. Spano RA: 247162
Maycke Y. de Lima RA: 247065
Renato A. de Campos RA: 247081
Tainã P. de Matos RA: 247057
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Leitura:
Weber, Max. A ciência como vocação. In: GERTH, H. e MILLS, C. W. Max Weber: ensaios de sociologia. 2.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
Questões sobre o texto de Weber
1. Contextualize o texto com uma pequena biografia de Weber e o contexto de produção e apresentação do texto e a suas repercussões nos âmbitos acadêmico-científico e na sociedade.
RESPOSTA: Não existem dados biográficos suficientes no texto para responder a essa questão.
2. Como ele descreve a situação da ciência na América e na Europa? Quais as diferenças e semelhanças. Como você vê a situação atual da ciência no Brasil?
RESPOSTA: Ele descreve particularmente a situação dos Estados Unidos, na América, e da Alemanha, na Europa, tratando a ciência em termos da dedicação profissional à mesma na vida universitária. Nesses termos, os EUA oferecem uma remuneração modesta ao jovem acadêmico desde o início. A ameaça de ser mandado embora faz com que o jovem professor na América tente atrair um grande número de alunos. Já, na Alemanha, o jovem professor terá que agüentar pelo menos alguns anos até que saiba se vai ter a oportunidade de elevar-se a uma posição que encerre uma remuneração suficiente para sua manutenção. O docente alemão, uma vez contratado, não será mandado embora, fato que não provoca nele a mesma reação do docente americano quanto à busca por número de alunos. Outra diferença é que enquanto na Alemanha o Provatdozent geralmente ministra um menor número de cursos do que deseja, nos EUA, o assistente, durante seus primeiros anos de carreira, se vê sobrecarregado exatamente porque é remunerado. Segundo o texto, as universidades alemãs evoluem rumo ao sistema americano.
No Brasil a situação se aproxima mais do modelo americano descrito mas, ao invés do professor em início de carreira ter o cargo de assistente, este cargo recebe o nome de substituto.
3. Tomando como referência o texto de Platão, citado por Weber (p.166-167), qual a relação que podemos estabelecer a relação entre Ciência e Sociedade?
RESPOSTA: Concluiu-se do fragmento que a ciência deve ser compartilhada com a sociedade, da mesma forma que o “homem liberto dos grilhões” no fragmento tenta levar seu novo conhecimento a seus antigos companheiros.
4. Qual a significação que Weber dá à ciência.
RESPOSTA: Weber diz que a ciência deve ser feita por finalidades práticas/técnicas através da experimentação, para sermos capazes de orientar nossas atividades práticas dentro das expectativas que a experiência científica coloca à nossa disposição. A ciência de “hoje” é distinta da arte, irreligiosa, e leva ao desaparecimento da crença de que existe algo como o significado do universo.
5. No texto, Weber fala de um "conhecimento"ou pensamento que orienta as atitudes do homem comum. E também fala da eficácia deste conhecimento sobre as competências de um cientista. Comente estes dois aspectos tratados por Weber.
RESPOSTA: O simples fato de “contar”, “descrever” o comportamento de algo, por exemplo, um bonde, orienta a conduta do homem comum de acordo com sua expectativa; não é necessário que ele saiba produzir ou movimentar o bonde. Esse homem comum e civilizado aprende a minúscula parte da vida, o que ele aprende é sempre algo provisório e não definitivo. Assim sendo, um cientista nesse contexto teria várias outras fontes de conhecimento que não aquelas ligadas diretamente ao método conhecido por ele, valendo-se, por exemplo, desse senso comum ou experiência de vida para ajudar a guiar seus passos.
6. Qual o significado que Weber atribui à ciência como vocação?
RESPOSTA: Weber diz que a ciência é uma “vocação” organizada em disciplinas especiais a serviço do auto-esclarecimento e conhecimento de fatos inter-relacionados, distanciando-se do dom de videntes e profetas, assim como da contemplação dos sábios e filósofos sobre o significado do universo. (p. 180)
7. Como Weber responde às duas perguntas iniciais do texto:
"Quais as condições da ciência como vocação no sentido material da expressão?"
"Quais as perspectivas para o estudante formado que resolve dedicar-se profissionalmente à ciência na vida universitária"?
RESPOSTA: Weber diz que na prática a primeira questão é respondida pela segunda (p. 154) e, para responder tal questão, ele faz uma comparação das peculiaridades alemãs e americanas (discutidas na questão 2) e sugere que se questione ao estudante formado se ele acredita que pode ver mediocridade atrás de mediocridade, ano após ano, sem amargurar e sem sofrer. Weber diz que a resposta dessa questão é sempre positiva, mas que comprovou durante sua vida que poucos homens podem suportar tal situação sem ressentimento. Ou seja, ele respondeu uma pergunta por meio de outra pergunta.
Weber & Snow: as “duas culturas” para Weber
Weber remete-se a essa questão através da discussão da relação “ciência e arte”. O autor aponta a dedicação exclusiva como precondição aos dois trabalhos, assim como a inspiração. Mas existe algo que distingue profundamente o trabalho científico do trabalho artístico:
“O trabalho científico está mais preso ao curso do progresso, ao passo que no campo da arte não há progresso no mesmo sentido.” (p. 163)
“Uma obra de arte que é uma realização autêntica jamais é superada; jamais será antiquada [...]. Na ciência, sabemos que as nossas realizações se tornarão antiquadas em dez, vinte, cinqüenta anos.” (p. 164)
Weber, Max. A ciência como vocação. In: GERTH, H. e MILLS, C. W. Max Weber: ensaios de sociologia. 2.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
Questões sobre o texto de Weber
1. Contextualize o texto com uma pequena biografia de Weber e o contexto de produção e apresentação do texto e a suas repercussões nos âmbitos acadêmico-científico e na sociedade.
RESPOSTA: Não existem dados biográficos suficientes no texto para responder a essa questão.
2. Como ele descreve a situação da ciência na América e na Europa? Quais as diferenças e semelhanças. Como você vê a situação atual da ciência no Brasil?
RESPOSTA: Ele descreve particularmente a situação dos Estados Unidos, na América, e da Alemanha, na Europa, tratando a ciência em termos da dedicação profissional à mesma na vida universitária. Nesses termos, os EUA oferecem uma remuneração modesta ao jovem acadêmico desde o início. A ameaça de ser mandado embora faz com que o jovem professor na América tente atrair um grande número de alunos. Já, na Alemanha, o jovem professor terá que agüentar pelo menos alguns anos até que saiba se vai ter a oportunidade de elevar-se a uma posição que encerre uma remuneração suficiente para sua manutenção. O docente alemão, uma vez contratado, não será mandado embora, fato que não provoca nele a mesma reação do docente americano quanto à busca por número de alunos. Outra diferença é que enquanto na Alemanha o Provatdozent geralmente ministra um menor número de cursos do que deseja, nos EUA, o assistente, durante seus primeiros anos de carreira, se vê sobrecarregado exatamente porque é remunerado. Segundo o texto, as universidades alemãs evoluem rumo ao sistema americano.
No Brasil a situação se aproxima mais do modelo americano descrito mas, ao invés do professor em início de carreira ter o cargo de assistente, este cargo recebe o nome de substituto.
3. Tomando como referência o texto de Platão, citado por Weber (p.166-167), qual a relação que podemos estabelecer a relação entre Ciência e Sociedade?
RESPOSTA: Concluiu-se do fragmento que a ciência deve ser compartilhada com a sociedade, da mesma forma que o “homem liberto dos grilhões” no fragmento tenta levar seu novo conhecimento a seus antigos companheiros.
4. Qual a significação que Weber dá à ciência.
RESPOSTA: Weber diz que a ciência deve ser feita por finalidades práticas/técnicas através da experimentação, para sermos capazes de orientar nossas atividades práticas dentro das expectativas que a experiência científica coloca à nossa disposição. A ciência de “hoje” é distinta da arte, irreligiosa, e leva ao desaparecimento da crença de que existe algo como o significado do universo.
5. No texto, Weber fala de um "conhecimento"ou pensamento que orienta as atitudes do homem comum. E também fala da eficácia deste conhecimento sobre as competências de um cientista. Comente estes dois aspectos tratados por Weber.
RESPOSTA: O simples fato de “contar”, “descrever” o comportamento de algo, por exemplo, um bonde, orienta a conduta do homem comum de acordo com sua expectativa; não é necessário que ele saiba produzir ou movimentar o bonde. Esse homem comum e civilizado aprende a minúscula parte da vida, o que ele aprende é sempre algo provisório e não definitivo. Assim sendo, um cientista nesse contexto teria várias outras fontes de conhecimento que não aquelas ligadas diretamente ao método conhecido por ele, valendo-se, por exemplo, desse senso comum ou experiência de vida para ajudar a guiar seus passos.
6. Qual o significado que Weber atribui à ciência como vocação?
RESPOSTA: Weber diz que a ciência é uma “vocação” organizada em disciplinas especiais a serviço do auto-esclarecimento e conhecimento de fatos inter-relacionados, distanciando-se do dom de videntes e profetas, assim como da contemplação dos sábios e filósofos sobre o significado do universo. (p. 180)
7. Como Weber responde às duas perguntas iniciais do texto:
"Quais as condições da ciência como vocação no sentido material da expressão?"
"Quais as perspectivas para o estudante formado que resolve dedicar-se profissionalmente à ciência na vida universitária"?
RESPOSTA: Weber diz que na prática a primeira questão é respondida pela segunda (p. 154) e, para responder tal questão, ele faz uma comparação das peculiaridades alemãs e americanas (discutidas na questão 2) e sugere que se questione ao estudante formado se ele acredita que pode ver mediocridade atrás de mediocridade, ano após ano, sem amargurar e sem sofrer. Weber diz que a resposta dessa questão é sempre positiva, mas que comprovou durante sua vida que poucos homens podem suportar tal situação sem ressentimento. Ou seja, ele respondeu uma pergunta por meio de outra pergunta.
Weber & Snow: as “duas culturas” para Weber
Weber remete-se a essa questão através da discussão da relação “ciência e arte”. O autor aponta a dedicação exclusiva como precondição aos dois trabalhos, assim como a inspiração. Mas existe algo que distingue profundamente o trabalho científico do trabalho artístico:
“O trabalho científico está mais preso ao curso do progresso, ao passo que no campo da arte não há progresso no mesmo sentido.” (p. 163)
“Uma obra de arte que é uma realização autêntica jamais é superada; jamais será antiquada [...]. Na ciência, sabemos que as nossas realizações se tornarão antiquadas em dez, vinte, cinqüenta anos.” (p. 164)
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