Conhecimento científico e produção científica.
Resenha de Eliana Mantovani Malvestio
Comunicar-se é necessário em quaisquer circunstâncias; e assim, a linguagem vem se aprimorando. As regras gramaticais e ortográficas existem para uma melhor padronização da língua e otimização na compreensão daquilo que é dito.
Meadows trata em seu livro, “A comunicação científica”, das facilidades dos diferentes canais de comunicação – sejam formais ou informais -, e sua utilização por aqueles que se dedicam à ciência.
Começa pela evolução da comunicação e descreve o surgimento da prensa tipográfica e dos periódicos científicos. O crescimento do número de pesquisadores; a profissionalização da pesquisa; o crescimento exponencial da informação e como a sociedade tem lidado com esta questão no decorrer do tempo. Muito de seu vocabulário nos remete à textos anteriormente lidos, como os do sociólogo Pierre Bourdieu.
Multiplica-se a quantidade de informações, pesquisas e pesquisadores e obtém-se, consequentemente, uma especialização nos estudos: a fragmentação do conhecimento e o surgimento de novas disciplinas (iniciadas por cátedras nas universidades renomadas) e sua evolução, aprimorando o saber.
A nobreza do pesquisador que busca, com seu ofício, o aprimoramento intelectual e a contribuição científica à sua sociedade; a forma pela qual sua carreira acadêmica se desenvolve, suas responsabilidades e tarefas na academia; rotinas e procedimentos que o levam ao melhor desempenho profissional e à consolidação de sua carreira, de sua autoridade e reconhecimento científicos.
Os canais pelos quais flui a comunicação entre pesquisadores, amadores e outros personagens envolvidos nesta trama científica. Quais as fontes de informação valorosas e procuradas; a comunicação intertextual e a efemeridade da comunicação oral. A transferência do conhecimento via estes canais de comunicação e as instituições que se prestam ao serviço dos cientistas, agindo como disseminadores, tais como editoras e bibliotecas.
As decisões tomadas pelos pesquisadores ao escolher os locais de publicação para seus trabalhos e suas preocupações ao publicarem; o público a que se destinam e como se dá essa transmissão de conhecimento. A avaliação feita pelos pares na comunidade científica; os exotismos e distorções da ciência apresentados por programas midiáticos. A sedução de ser uma celebridade, a conquista pelos pesquisadores aos editores e avaliadores com o trabalho científico para publicação.
Profissionais da informação entram no cenário da coleta, armazenamento, organização e disponibilização do subsídio dos pesquisadores; as ferramentas disponíveis ao mundo da informação para auxílio dos que fazem ciência e, ao final de cada capítulo, a participação das tecnologias do mundo eletrônico ao tema abordado mostrando como estão se alterando rapidamente os quadros da sociedade do conhecimento e da informação.
Eis um rápido panorama dos capítulos de Meadows. Quisera poder explaná-lo e dissertá-lo tão brilhantemente como alguns colegas, mas o que ecoa dentro de mim, a dúvida que se impôs desde o momento em que tomei este livro nas mãos e pus-me a lê-lo é: qual a contribuição do bibliotecário na comunicação científica?
E me surge uma passagem proferida por Jack Meadows (p. 247) em resposta: “Em certos aspectos, cabe às bibliotecas a tarefa mais difícil de todas [...] devem ajudar seus clientes, que, seja como for, estão sofrendo de sobrecarga de informação, a localizarem a informação exigida e acessá-la.”
O bibliotecário está inserido em um dos canais de informação mais profícuos para os pesquisadores. A biblioteca é uma entidade de tamanha importância que só lhe resta evoluir e acompanhar as novas tecnologias de comunicação para prosseguir prestativa à seu público. Aos disseminadores da informação cabe uma postura de incorporação destas novas técnicas e meios de armazenagem, produção, disseminação e uso da informação via tecnologia e aprimoramento da comunicação com a sociedade.
Resenha do texto:
MEADOWS, Arthur Jack. A comunicação científica. Tradução de Antonio Agenor Briquet de Lemos. Brasília, DF: Briquet de Lemos/Livros, 1999.
Resenha de Eliana Mantovani Malvestio
Comunicar-se é necessário em quaisquer circunstâncias; e assim, a linguagem vem se aprimorando. As regras gramaticais e ortográficas existem para uma melhor padronização da língua e otimização na compreensão daquilo que é dito.
Meadows trata em seu livro, “A comunicação científica”, das facilidades dos diferentes canais de comunicação – sejam formais ou informais -, e sua utilização por aqueles que se dedicam à ciência.
Começa pela evolução da comunicação e descreve o surgimento da prensa tipográfica e dos periódicos científicos. O crescimento do número de pesquisadores; a profissionalização da pesquisa; o crescimento exponencial da informação e como a sociedade tem lidado com esta questão no decorrer do tempo. Muito de seu vocabulário nos remete à textos anteriormente lidos, como os do sociólogo Pierre Bourdieu.
Multiplica-se a quantidade de informações, pesquisas e pesquisadores e obtém-se, consequentemente, uma especialização nos estudos: a fragmentação do conhecimento e o surgimento de novas disciplinas (iniciadas por cátedras nas universidades renomadas) e sua evolução, aprimorando o saber.
A nobreza do pesquisador que busca, com seu ofício, o aprimoramento intelectual e a contribuição científica à sua sociedade; a forma pela qual sua carreira acadêmica se desenvolve, suas responsabilidades e tarefas na academia; rotinas e procedimentos que o levam ao melhor desempenho profissional e à consolidação de sua carreira, de sua autoridade e reconhecimento científicos.
Os canais pelos quais flui a comunicação entre pesquisadores, amadores e outros personagens envolvidos nesta trama científica. Quais as fontes de informação valorosas e procuradas; a comunicação intertextual e a efemeridade da comunicação oral. A transferência do conhecimento via estes canais de comunicação e as instituições que se prestam ao serviço dos cientistas, agindo como disseminadores, tais como editoras e bibliotecas.
As decisões tomadas pelos pesquisadores ao escolher os locais de publicação para seus trabalhos e suas preocupações ao publicarem; o público a que se destinam e como se dá essa transmissão de conhecimento. A avaliação feita pelos pares na comunidade científica; os exotismos e distorções da ciência apresentados por programas midiáticos. A sedução de ser uma celebridade, a conquista pelos pesquisadores aos editores e avaliadores com o trabalho científico para publicação.
Profissionais da informação entram no cenário da coleta, armazenamento, organização e disponibilização do subsídio dos pesquisadores; as ferramentas disponíveis ao mundo da informação para auxílio dos que fazem ciência e, ao final de cada capítulo, a participação das tecnologias do mundo eletrônico ao tema abordado mostrando como estão se alterando rapidamente os quadros da sociedade do conhecimento e da informação.
Eis um rápido panorama dos capítulos de Meadows. Quisera poder explaná-lo e dissertá-lo tão brilhantemente como alguns colegas, mas o que ecoa dentro de mim, a dúvida que se impôs desde o momento em que tomei este livro nas mãos e pus-me a lê-lo é: qual a contribuição do bibliotecário na comunicação científica?
E me surge uma passagem proferida por Jack Meadows (p. 247) em resposta: “Em certos aspectos, cabe às bibliotecas a tarefa mais difícil de todas [...] devem ajudar seus clientes, que, seja como for, estão sofrendo de sobrecarga de informação, a localizarem a informação exigida e acessá-la.”
O bibliotecário está inserido em um dos canais de informação mais profícuos para os pesquisadores. A biblioteca é uma entidade de tamanha importância que só lhe resta evoluir e acompanhar as novas tecnologias de comunicação para prosseguir prestativa à seu público. Aos disseminadores da informação cabe uma postura de incorporação destas novas técnicas e meios de armazenagem, produção, disseminação e uso da informação via tecnologia e aprimoramento da comunicação com a sociedade.
Resenha do texto:
MEADOWS, Arthur Jack. A comunicação científica. Tradução de Antonio Agenor Briquet de Lemos. Brasília, DF: Briquet de Lemos/Livros, 1999.
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