28 abril 2007

Resenha dos capítulos 1.2 de Fachin & Hillesheim (2006) e 4 de Biojone (2003)

Maycke Young de Lima

No subcapítulo 1.2 do livro de Fachin & Hillesheim (2006), intitulado “Evolução histórica do periódico científico”, é apresentado um breve panorama histórico da evolução do periódico científico, desde o impresso até o online, passando por pontos marcantes do tema no cenário nacional e internacional.
Alguns destaques são dados aos periódicos científicos pioneiros em vários aspectos:
Ø Journal des Sçavans (mais tarde Journal des Savants) – primeiro periódico científico impresso no mundo;
Ø Gazeta Médica do Rio de Janeiro – primeiro periódico científico impresso no Brasil;
Ø Electronic Letters Online – primeiro periódico eletrônico paralelo ao formato em papel no mundo;
Ø Ciência da Informação – primeiro periódico eletrônico paralelo ao formato em papel no Brasil;
Ø The Online Journal of Knowledge Synthesis for Nursing – primeiro periódico eletrônico sem versão impressa no mundo;
Ø Encontros Bibli: revista de biblioteconomia e ciência da informação – primeiro periódico eletrônico sem versão impressa no Brasil.
Além disto, as autoras reconhecem que da mesma forma que o periódico online traz várias facilidades, ele também traz uma série de problemas antes inexistentes. “Como ocorre em toda transição de um sistema a outro, de uma realidade a outra, há necessidade de constante mutação, de descobertas, de aperfeiçoamentos [...]” (FACHIN; HILLESHEIM, 2006, p. 40).
O capítulo 4 de Biojone (2003), intitulado “O futuro dos periódicos científicos”, complementa o subcapítulo apresentado anteriormente (FACHIN; HILLESHEIM, 2006) no sentido em que discute os caminhos futuros da prática de publicação dos periódicos científicos baseando-se em algumas iniciativas da atualidade.
A autora se aprofunda na discussão sobre os arquivos abertos, que funcionariam como repositórios digitais de artigos científicos que, na maioria das vezes, não passam pelo processo peer review. Algo que, segundo ela, contribui para acelerar o processo de disseminação da informação ao mesmo tempo em que propicia um maior acesso a essa informação.
Questiona-se, entretanto, se “[...] valerá a pena ter acesso a todo e qualquer tipo de informação?” (BIOJONE, 2003, p. 129); uma vez que muitos artigos não seriam previamente avaliados.
Além disso, ao final do texto, a autora menciona muito brevemente uma outra prática que estaria surgindo: a publicação on the fly, que seria uma metodologia de publicação eletrônica onde os periódicos disponibilizam em seus respectivos sites aqueles artigos que já foram aprovados pelo processo peer review, agilizando, desta forma, o acesso à informação já validada. Um exemplo de periódico que adota essa metodologia é a revista Biblios, publicada online pelo Centro de Documentação do Instituto Bartolomé de las Casas, no Peru.
Desta forma, esses dois trechos das obras de Fachin & Hillesheim (2006) e Biojone (2003) se complementam, oferecendo um panorama do passado, presente e futuro dos periódicos científicos.
Referências

BIOJONE, M. R. O futuro dos periódicos científicos. In: ______. Os periódicos científicos na comunicação da ciência. São Paulo: EDUC; FAPESP, 2003. Capítulo 4.


FACHIN, G. R. B.; HILLESHEIM, A. I. de A. Evolução histórica do periódico científico. In: ______. Periódico científico: padronização e organização. Florianópolis: UFSC, 2006. Capítulo 1.2.

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