Avaliação da pesquisa
Agência FAPESP – Resultados da principal análise sobre a qualidade da pesquisa feita no Reino Unido acabam de ser divulgados. Em reportagem na quinta-feira (18/12), a revista Nature destacou que a maior parte da pesquisa feita nas principais instituições britânicas é considerada de alto nível.
A afirmação é do Research Assessment Exercise (RAE), análise conduzida periodicamente desde 1986 e que determinará como serão distribuídos de 2009 a 2014 e 1,5 bilhão de libras (cerca de R$ 5,3 bilhões) por ano que o governo britânico destina à pesquisa.
Participaram do levantamento 52,4 mil cientistas de 159 instituições de ensino superior. Segundo o RAE, 54% dos trabalhos são considerados de “nível internacional”, 37% de “excelência internacional” e 17% como “liderança mundial”. Apenas 2% dos trabalhos submetidos a análise foram classificados como de nível inferior.
Apesar da divulgação do RAE, as universidades terão que esperar até 4 de março de 2009 para descobrir quanto de orçamento ganharão ou perderão, com base na qualidade de seus trabalhos. “Até lá, os acadêmicos ficarão em estado de dolorosa ansiedade para saber se suas pesquisas serão apoiadas ou se seus empregos correm perigo”, destacou a Nature.
Edições anteriores do RAE levaram a cortes de pessoal em instituições cujos resultados ruins resultaram em quedas significativas no apoio financeiro governamental.
O RAE usa o sistema de análise por pares para julgar a qualidade da pesquisa em 67 áreas do conhecimento. Os avaliadores são pesquisadores britânicos e estrangeiros, de modo a permitir a comparação dos trabalhos com os feitos em outros países.
A avaliação identificou que 49 universidades têm pelo menos uma pesquisa líder mundial entre suas submissões, o que mostra que os trabalhos de qualidade não estão concentrados apenas em algumas instituições.
Uma análise dos resultados do RAE feita pelo Russell Group, que congrega as 20 principais universidades britânicas, verificou que a Universidade de Oxford está em primeiro em relação ao número de pesquisadores classificados como de classe mundial, com 713, seguida por Cambridge, com 653, e pela University College London, com 476.
“O impacto internacional e a qualidade da ciência feita em nossas universidades são uma das mais importantes vantagens econômicas do Reino Unido. Esperamos que os resultados do RAE ajudem a garantir que os fundos sejam canalizados de modo a permitir que nossos pesquisadores continuem a ser bem-sucedidos”, disse Martin Rees, presidente da Royal Society, a academia de ciências britânica.
Esta é a sexta e última edição do RAE, que será substituído a partir de 2013 por outra avaliação, o Research Excellence Framework (REF). O motivo da substituição é que o RAE, baseado na análise por pares, é caro e leva muito tempo para ser feito. Esta nova edição custou 12 milhões de libras (cerca de R$ 42,5 bilhões), mais do que o dobro da anterior. O REF usará outras métricas, como o número de citações das publicações feitas pelos cientistas.
A substituição levantou críticas de parte da comunidade britânica. “Da mesma forma que outros membros do painel [de avaliação do RAE], sinto que por mais que o processo de análise por pares seja elaborado e que consuma muito tempo, ele é muito importante. Seria muito perigoso basear julgamentos em algoritmos. Preocupa-me muito a qualidade dos ressultados de tal avaliação”, disse William Schowalter, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, que avaliou a pesquisa britânica em engenharia e ciências de materiais.
Uma análise completa dos resultados da avaliação das instituições de pesquisa do Reino Unido feita pelo Research Assessment Exercise será publicada na edição de 1º de janeiro da Nature.
Fonte: Agência Fapesp, 22/12/2008.
A afirmação é do Research Assessment Exercise (RAE), análise conduzida periodicamente desde 1986 e que determinará como serão distribuídos de 2009 a 2014 e 1,5 bilhão de libras (cerca de R$ 5,3 bilhões) por ano que o governo britânico destina à pesquisa.
Participaram do levantamento 52,4 mil cientistas de 159 instituições de ensino superior. Segundo o RAE, 54% dos trabalhos são considerados de “nível internacional”, 37% de “excelência internacional” e 17% como “liderança mundial”. Apenas 2% dos trabalhos submetidos a análise foram classificados como de nível inferior.
Apesar da divulgação do RAE, as universidades terão que esperar até 4 de março de 2009 para descobrir quanto de orçamento ganharão ou perderão, com base na qualidade de seus trabalhos. “Até lá, os acadêmicos ficarão em estado de dolorosa ansiedade para saber se suas pesquisas serão apoiadas ou se seus empregos correm perigo”, destacou a Nature.
Edições anteriores do RAE levaram a cortes de pessoal em instituições cujos resultados ruins resultaram em quedas significativas no apoio financeiro governamental.
O RAE usa o sistema de análise por pares para julgar a qualidade da pesquisa em 67 áreas do conhecimento. Os avaliadores são pesquisadores britânicos e estrangeiros, de modo a permitir a comparação dos trabalhos com os feitos em outros países.
A avaliação identificou que 49 universidades têm pelo menos uma pesquisa líder mundial entre suas submissões, o que mostra que os trabalhos de qualidade não estão concentrados apenas em algumas instituições.
Uma análise dos resultados do RAE feita pelo Russell Group, que congrega as 20 principais universidades britânicas, verificou que a Universidade de Oxford está em primeiro em relação ao número de pesquisadores classificados como de classe mundial, com 713, seguida por Cambridge, com 653, e pela University College London, com 476.
“O impacto internacional e a qualidade da ciência feita em nossas universidades são uma das mais importantes vantagens econômicas do Reino Unido. Esperamos que os resultados do RAE ajudem a garantir que os fundos sejam canalizados de modo a permitir que nossos pesquisadores continuem a ser bem-sucedidos”, disse Martin Rees, presidente da Royal Society, a academia de ciências britânica.
Esta é a sexta e última edição do RAE, que será substituído a partir de 2013 por outra avaliação, o Research Excellence Framework (REF). O motivo da substituição é que o RAE, baseado na análise por pares, é caro e leva muito tempo para ser feito. Esta nova edição custou 12 milhões de libras (cerca de R$ 42,5 bilhões), mais do que o dobro da anterior. O REF usará outras métricas, como o número de citações das publicações feitas pelos cientistas.
A substituição levantou críticas de parte da comunidade britânica. “Da mesma forma que outros membros do painel [de avaliação do RAE], sinto que por mais que o processo de análise por pares seja elaborado e que consuma muito tempo, ele é muito importante. Seria muito perigoso basear julgamentos em algoritmos. Preocupa-me muito a qualidade dos ressultados de tal avaliação”, disse William Schowalter, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, que avaliou a pesquisa britânica em engenharia e ciências de materiais.
Uma análise completa dos resultados da avaliação das instituições de pesquisa do Reino Unido feita pelo Research Assessment Exercise será publicada na edição de 1º de janeiro da Nature.
Fonte: Agência Fapesp, 22/12/2008.
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